Análise arquitetônica da igreja Nossa Senhora das Necessidades - Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis (SC)
JULIANA APARECIDA BIASI
LARA LIMA FELISBERTO
BRUNA ELISANGELE TESK
GUSTAVO FERNANDES
Resumo
Na capital do estado de Santa Catarina, Florianópolis, encontra-se no bairro de Santo Antônio de Lisboa a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades, construída entre os anos de 1750 a 1756. O objetivo desta pesquisa é realizar a análise da temática arquitetônica desta edificação religiosa a partir do estudo de seus elementos arquitetônicos externos, sejam esses decorativos, estruturais ou de vedação.
A metodologia consiste em um primeiro momento uma pesquisa exploratória, buscando referências teóricas para a familiarização com o tema abordado, em seguida caracteriza-se como qualitativa, utilizando o método descritivo com ênfase nos métodos construtivos e elementos arquitetônicos das fachadas externas para o detalhamento do estudo de caso. Com os resultados desta pesquisa pode-se verificar que a Igreja apresenta, em sua maioria, elementos da arquitetura barroca do período colonial brasileiro. Essa obra conserva o relato de uma sociedade, refletindo a história do período colonial e a cultura dos povos colonizadores, que contribuiu para o atual desenvolvimento local e faz parte do acervo das obras históricas mais antigas do estado de Santa Catarina.
Palavras Chave: Arquitetura religiosa. Análise arquitetônica. Arquitetura barroca.
Introdução
O significado original de “barroco” deriva de “irregular, grotesco”, há um consenso geral que seu surgimento aconteceu em Roma em torno dos anos 1600. Entretanto, encontram-se contradições quanto ao impulso gerador de sua formação, visto que são observadas em obras barrocas nuances do período anterior denominado contrarreforma, ocorrida principalmente na Inglaterra. Porém, por volta de 1600 a contrarreforma já havia encerrado o seu trabalho, deixando assim o título de percussora da arquitetura barroca à Roma (JANSON, 2009).
Ao mesmo tempo que a arquitetura barroca tomava o impulso de seu desenvolvimento em Roma, o mundo era cercado por uma mudança, na qual a religião se tornou uma necessidade mercantil, através de interesses de comércio por colonizadores e colonizados. Quando o processo do barroco estava chegando ao fim na Itália, a fé católica conduziu o movimento ao Brasil no início do século XVIII. Portanto, o movimento barroco no Brasil está diretamente relacionado à religião, fato que faz com que a maioria das edificações construídas no período serem igrejas. Contudo, também podemos observá-lo em prédios públicos, moradias e chafarizes (BAETA, 2010).
O presente trabalho pretende analisar a aplicação da arte e arquitetura barroca no estado catarinense, mais precisamente a Igreja de Nossa Senhora das Necessidades em Santo Antônio de Lisboa, distrito localizado no noroeste da Ilha de Florianópolis (SC).
Fundamentação teórica
Arquitetura barroca no Brasil
A arquitetura barroca é um estilo arquitetônico que teve início no século XVI. Fortemente relacionado ao cristianismo, o estilo está presente em igrejas e basílicas, sendo conhecido por suas decorações que destacam a religião e suas formas monumentais (PROENÇA, 2003).
O estilo se espalhou por vários locais, compreendendo a França, Inglaterra Alemanha, México, Brasil entre outros países. Cada território teve uma evolução diferente e assumiu uma dinâmica própria, o que resultou em modelos originais em cada região (NOVA CULTURAL, 1991).
A pintura e escultura trabalharam de forma conjunta com a arquitetura, trazendo a abundância de detalhes e enriquecimento das obras (SESC, 2015).
O estilo barroco desenvolveu-se no Brasil durante o século XVIII, quando artistas europeus já tinham abandonado esse estilo e retornado aos modelos clássicos. A religiosidade teve papel fundamental nesse estilo em outros lugares do mundo, e no Brasil não foi diferente. São inúmeras igrejas construídas com características barrocas. Os primeiros edifícios sagrados em solo brasileiro foram erguidos em aldeias nas quais o tamanho da população já era suficiente para justificar a presença da obra. Esses foram os casos de Olinda e Salvador. No início, os missionários se preocupavam com a durabilidade e solidez dos prédios, preferindo construir em alvenaria. Porém, quando não era possível, utilizavam a lama e o adobe (PROENÇA, 2003).
O barroco brasileiro se desenvolveu de formas diversas em algumas regiões. Aquelas que detinham riquezas em consequência do comércio de açúcar e mineração, possuíam uma arquitetura trabalhada em madeira e as talhas recobertas por finas camadas de ouro, com uma decoração intensa. São exemplos dessa marca construções no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Bahia (PROENÇA, 2003).
Minas Gerais possui o maior percentual de bens tombados no Brasil desde unidades espaciais de considerável dimensão como é o caso de cidades inteiras (Ouro Preto, Mariana, Diamantina, por exemplo) [...] Esses bens tombados possuem valores que caracterizam a mineiridade, além de serem portadores de algumas das mais caras aspirações mineiras e nacionais. São, por outro lado, marcos de uma civilização que trazia para as montanhas de Minas simultaneamente, os valores paradoxais da busca da riqueza, da religião, da arte e da espiritualidade. (AMORIM FILHO, 1999, p. 143, apud DE CASTRO; DE DEUS, 2011, p. 75.)
A arquitetura religiosa mineira seguiu, de início, o chamado barroco jesuítico, apresentando obras de taipa de madeira, fachadas simples e estrutura pesada, nas quais a riqueza estava praticamente toda em seu interior (SESC, 2015)
Já nas outras regiões as igrejas se apresentavam de forma modesta e com artistas menos experientes. As mais simples usavam a técnica pau-a-palma, sendo cobertas com folhas de palmeira em seus primórdios (PROENÇA, 2003).
O Barroco é uma manifestação visual e estética, com muita exuberância em suas obras, principalmente nas religiosas. Juntamente das igrejas foram construídos mosteiros, hospitais, escolas. Obras decoradas, mas sem comparação ao luxo das igrejas mais abastadas (BOTELHO; REIS, 2001)
Arquitetura barroca em Santa Catarina
A arquitetura em Santa Catarina, especificamente em Florianópolis (atual capital do Estado), não se difere muito do que é encontrado no litoral brasileiro, pois neste período, há uma uniformidade nas construções de vilas, tornando-se uma característica do período. Assim, é marcada por influências barrocas, com elementos construtivos elaborados e bem ilustrados, além de uma grande preocupação na composição estética das edificações, principalmente de igrejas (REZENDE, 2011).
Essas edificações apresentam uma tipologia que usa pinturas brancas, podendo ser de um ou dois pavimentos, com telhas capa e canal em seus telhados, apresentando caimento que é denominado de galbo. Esses telhados normalmente eram conectados com as fachadas da edificação através de beira-seveiras ou até mesmo, com cimalhas (FARIAS, 2001).
Já na Ilha de Santa Catarina, que atualmente pertence à Florianópolis, essas tipologias de edificações foram construídas a partir do século XVIII. Os traços eram homogêneos e lembravam as ermidas dos Açores, chamada usualmente de Ilha dos Açores, pertencente à Portugal. Em relação aos monumentos religiosos no estado, fracionados em igrejas, capelas, ermidas e oratórios, eles começaram a ser construídos a partir do século XV, expressando uma tipologia arquitetônica mais elaborada e com dimensões maiores do que se vinha construindo (CARDOSO, 2013).
Essas igrejas normalmente tinham uma nave única e capela-mor, onde juntamente se tinha a sacristia, e em alguns casos, o consistório. Em outros casos, já eram vistas capelas laterais. A fachada principal apresentava uma portada principal e o óculo, encimados por frontões, e para sua delimitação, era usual utilizar muros rendilhados (LANER, 2007). Neste período, era comum em algumas edificações (principalmente religiosas) a utilização da cor amarelo ocre, retratada em cunhais e requadros.
A Igreja Matriz do Desterro (autoria do brigadeiro Silva Paes), atual Catedral Metropolitana, é um exemplo dessas aplicações, e seu partido foi modelado para as demais igrejas da ilha, até meados do século XX. Assim, esse modelo teve grande influência na obra analisada, a Igreja Nossa Senhora das Necessidades, que segue o mesmo projeto da Matriz, ainda que de forma mais simplificada (LANER, 2007).
Segundo Cardoso (2013), a Igreja Nossa Senhora das Necessidades teve seu tombamento municipal instituído em 17 de dezembro de 1975, através do Decreto nº 1.341. Já o tombamento estadual só aconteceu em 25 de junho de 1998 pelo Decreto nº 2.998.
Santo Antônio de Lisboa: O Distrito
O distrito de Santo Antônio de Lisboa é composto pelas localidades de Cacupé, Sambaqui e Barra de Sambaqui, localizado no Noroeste da Ilha de Florianópolis (SC). Em 1950 ganhou o título de freguesia e a ocupação luso-brasileira ocorreu no início do século XVIII (FERREIRA, 2008).
A chegada dos primeiros imigrantes em Santo Antônio se deve à vinda do Padre Mateus de Leão e vinte casais de colonos, em 1698. Geograficamente, Santo Antônio de Lisboa está localizado no Norte da Ilha de Florianópolis, no litoral fronteiro ao continente, o que facilitou a chegada dos imigrantes açorianos. A população do local aumentou no século XVIII, quando por lá se estabeleceu o Capitão de Ordenanças Manuel Manso de Avelar, juntamente com sua família e mais uma centena de brancos e escravos. Apesar da passagem desses povoadores em Santo Antônio, a contribuição expressiva no povoamento da região aconteceu somente com a chegada dos imigrantes açorianos em meados no século XVIII (FERREIRA, 2008; MARTINELLO, 1992).
O povo da ilha dos açores trouxe consigo boa parte da sua cultura e isso é visto no povoado até os dias de hoje na parte gastronômica, mitos e lendas, e na arquitetura.
O traçado da freguesia de Santo Antônio reflete o seu tipo de ocupação e a organização dada pela comunidade açoriana, onde as vilas tem o mar como ponto de referência e duas ruas paralelas a ele e algumas transversais entre elas, o que é visto na paisagem da freguesia da ilha de Santa Catarina (JESUS, 2011).
A Igreja foi construída pela comunidade local em terras doadas por Dona Clara Manso Avelar. A construção iniciou no ano de 1750 e durou 6 anos. O primeiro pároco foi o açoriano Domingos Pereira Teles (FERREIRA, 2008).
A Padroeira da freguesia é Nossa Senhora das Necessidades, um dos cem títulos da mãe de Jesus. A ela foi atribuída a paróquia por conta da devoção que a doadora do terreno tinha na santa (FERREIRA, 2008). Segundo Carneiro:
A igreja Nossa Senhora das Necessidades constitui um significativo acervo do estilo barroco brasileiro, principalmente pela vinda dos portugueses, possui uma fachada simples e um interior rico em elementos plásticos e arquitetônicos [...], seu valor artístico contribuiu na importância de estudos da escola barroca no sul do Brasil (CARNEIRO, 2007, p. 8)
Por dentro da igreja a influência barroca ganha destaque em seus detalhes. No retábulo do altar-mor encontramos uma pequena, mas valiosa coleção de imagens, algumas delas de origem portuguesa. Atravessando o arco cruzeiro nos deparamos com dois belíssimos altares e retábulos, todos com nítida inspiração barroca (JESUS, 2011).
Metodologia
A definição de método por Lakatos e Marconi (2003, p. 85) é: “o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando nas suas decisões.”
A abordagem da pesquisa apresentada a seguir confere caráter qualitativo, que segundo Gerhardt e Silveira é:
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que pressupõe uma metodologia própria (GERHARDT;SILVEIRA, 2009, p. 32)
Apresente pesquisa está classificada como pesquisa descritiva, em que o pesquisador necessita de uma série de informações sobre o que deseja pesquisar, e também precisa analisar e descrever os fatos e fenômenos de uma realidade estudada. (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).
A pesquisa foi estruturada em três etapas sequencias, que visaram atingir o objetivo do estudo:
- Revisão bibliográfica: a realização de pesquisa de referenciais teóricos para a familiarização dos pesquisadores com o tema e delimitação do assunto a ser estudado;
- Análise e estudo de campo: o local a ser estudado é visitado pelos pesquisadores, então é realizada a coleta de dados, relatos fotográficos e avaliação dos dados obtidos;
- Descrição e estudo: os dados coletados são analisados e separados pelos pesquisadores, os elementos arquitetônicos destacados são descritos e o estudo final é preparado.
Resultados
Disposição dos ambientes
Assim como mostra a fig. 01 a disposição dos ambientes da Igreja Nossa Senhora das Necessidades acontece de maneira linear, onde apresenta respectivamente da entrada principal: a recepção dos fiéis, os bancos para acomodá-los durante as celebrações, área elevada onde geralmente ficam os músicos do coral, altares laterais e o altar principal. Ao lado a extensão de número 07 na fig. 01 representa a capela lateral, onde concentra-se um espaço reservado para oração. E nas extensões representadas pelos números 02 e 03 na fig. 01 estão os espaços privados da instituição religiosa onde se localizam a sacristia, depósito e área de reuniões dos funcionários voluntários e do Padre.
Técnicas construtivas utilizadas
O sistema estrutural aplicado para a construção da edificação foi a taipa de pilão, devido à grande abundância do barro vermelho, sua matéria-prima, na região catarinense. Algumas vantagens desse sistema eram a durabilidade e a fácil execução. Essa técnica consiste, resumidamente, em amassar nas fôrmas de madeira (taipal) o barro juntamente com argila e areia, além de algumas fibras vegetais, que poderiam ainda ser substituídas por crina de cavalo ou óleo de baleia. O resultado conferia uma maior resistência à estrutura. Para isso, utilizavam um pilão, e colocavam esse material em pequenas quantidades, em camadas sucessivas. As fôrmas de madeira são estruturadas por tábuas, fixadas por meio de cunhas na parte inferior, e um torniquete em cima. Após a secagem do barro, o taipal é desmontado e deslocado seguidamente, repetindo então todo o procedimento (COLIN, s.d.). No caso da igreja estudada, foi aplicada a técnica e posteriormente adicionado pintura.
Na estrutura da cobertura foi identificada a utilização da madeira, com função estrutural de sustentar o peso das telhas, que por sua vez eram de cerâmica de capa e canal, também podendo adotar a denominação telha canal ou telha colonial (COLIN, s.d.), apresentam formato irregular, variando o seu tamanho. Ao analisar o local, chegou-se à conclusão de que as tesouras utilizadas, são do tipo Santo André (fig. 2). Em relação ao forro, foi observada a utilização de duas técnicas: (a) no altar o forro abobadado (fig. 3), denominado dessa maneira pela colocação de cambotas auxiliares que encurvam a estrutura ao final da forração, nele foram utilizadas as mesmas peças da madeira das tesouras da cobertura principal, e a segunda (b) na nave central, designada de esquife (fig. 4), onde a forração segue a inclinação das telhas canal (CARDOSO, 2013).
Sobre os beirais, tinham uma preocupação referente às paredes, com o objetivo de protegê-las contra a incidência da chuva, para que assim, a estética da obra não fosse comprometida. Com isso, fizeram com que houvesse a mudança de inclinação das águas, que recebe o nome de galbo (fig. 5), com o intuito de direcionar a água para longe (IPHAN, 1999).
Para a decoração dos galbos utilizavam a beira, que são os ornamentos de alvenaria na junção com o telhado. Em muitos casos, as próprias telhas eram usadas como moldes, deixando uma impressão de semicírculos denominados de beira-seveiras, muito utilizadas na época por ser de fácil execução e baixo custo (IPHAN, 1999).
Tipos de Aberturas
Em geral, nas portas e janelas da Igreja, foram identificados folhas e escuros de madeira com abertura no estilo “giro”, designado como “abertura à francesa” (COLIN, s.d.). Já as aberturas da nave central são mais simples e dispõem de um diferencial importante para aumentar a luz inserida dentro da edificação, como é o caso dos chanfros. Os vidros nos clerestórios eram fixos e não tinham acesso. Essa mesma alternativa foi aplicada no óculo, para também tentar aproveitar melhor a luz natural. As portas são de madeira com folhas de pinázios, aplicação sobre a madeira que permite a formação de pequenos arcos.
Piso
O piso apresentado é de tábua corrida de madeira com frisos em torno de 40 cm de largura e espessura de 3 a 4 cm apoiados em barrotes, essa técnica era comum em edificações elevadas ao solo, como é o caso da igreja estudada.
Técnicas decorativas utilizadas
Decoração Externa
Na fig. 6 é possível observar a fachada frontal com frontão triangular (a), encimado por duas volutas (b), que sustentam a cruz latina (c). Nas laterais, abaixo do frontão, aparecem pilares com base quadrada embebidos à parede (d), encimados por um capitel de configuração simples (e). Nas laterais, acima do frontão, observa-se a presença de dois pináculos (f). A entrada é encimada por uma cornija (g), com chave ao centro (h). Acima é possível observar uma abertura em óculo (i). A escada é central (j) apresenta pilaretes nas laterais (k) e muro de contenção (L) com guarda corpo vazado (m).
Na fig. 7 a vista lateral direita dá atenção para os seguintes detalhes decorativos: torre sineira (a), clerestório (b), porta de entrada em madeira com arco de meia volta abatido, contornado por moldura em pedra também em formato de arco de meia volta (c), abertura em arco de volta perfeita (d), escada de acesso para o sino em pedra (e), porta de acesso com moldura (f).
Na lateral direita da igreja (fig. 8) os elementos observados são: abertura em madeira contornada por moldura (a), porta de acesso ao corpo lateral contornada por moldura em arco de meia volta abatido (b) e clerestório (c).
Considerações finais
Analisando os itens apresentados sobre a Igreja Nossa Senhora das Necessidades, verifica-se que a obra faz parte do estilo arquitetônico barroco, apresentando elementos arquitetônicos que correspondem à época e ao estilo desenvolvido em território brasileiro. A fachada homogênea, portada principal e o óculo, encimados por frontões, e o uso de muros rendilhados são alguns dos elementos que refletem a influência que a colonização açoriana trouxe dos estilos arquitetônicos da Ilha dos Açores e de Portugal, mas aplicadas ao contexto brasileiro.
A Igreja Nossa Senhora das Necessidades faz parte do acervo das obras mais antigas do estilo barroco no estado de Santa Catarina, no Brasil, assim como seu legado para o estudo da arquitetura.
Referências
AMORIM FILHO, Oswaldo Bueno. Topofilia, Topofobia e Topocídio em Minas Gerais. In: DEL RIO, Vicente, OLIVEIRA, Lívia. Percepção Ambiental: A Experiência Brasileira. São Carlos (SP): EdUFSCAR/Studio Nobel, 1999, p. 139-152.
BAETA, Rodrigo Espinha. O Barroco, a arquitetura e a cidade nos séculos XVII e XVIII. online. Salvador: EDUFBA: SciELO Books, 2010. 368 p.
BOTELHO, Ângela Viana; REIS, Liana Maria. Dicionário Histórico-Brasil: Colônia e Império. Belo Horizonte: Botelho, A. V. & REIS, L. M., 2001, 320 p.
CARDOSO, Jaqueline Henrique. Políticas de Turismo, Patrimonialização e Tensões Identitárias: santo Antônio de Lisboa (Florianópolis,SC), 1966-2012. 2013. 142 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em História, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.
COLIN, Sílvio. Técnicas Construtivas do Período Colonial. IMPHIC – Instituto Histórico. 46 p.
DE CASTRO, Henrique Moreira; DE DEUS, José Antônio Souza. Uma abordagem geohistórica e etnogeográfica do barroco mineiro aplicada aos estudos da paisagem nas regiões de antiga mineração do Brasil. Ateliê Geográfico, v. 5, n. 3, p. 57-80, 22 dez. 2011.
FARIAS, Wilson Francisco de. De Portugal ao sul do Brasil - 500 Anos - História, Cultura e Turismo. Florianópolis: Ed. do Autor, 2001. 840 p.: il.; color.
FERREIRA, Sérgio Luiz. Santo Antônio de Lisboa 310 Anos: Sua Gente, sua Igreja e sua Festa do Divino. 1. ed. Blumenau: Nova Letra, 2008. 72 p.
GERHARDT, Tatiana Engel; SILVEIRA, Denise Tolfo. Métodos de Pesquisa. 1. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. 120 p. ISBN 978-85-386-0071-8.
IPHAN. Manual de Conservação de Telhados. [s. L.]: [s. L.], 1999. 50 p.
JANSON, H. W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à história da arte. 3. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009. 475 p.
JESUS, Giselli Ventura De. Dinâmica Socioespacial Do Distrito De Santo Antônio De Lisboa (Florianópolis/ Sc): Passado E Presente. Orientador: José Messias Bastos. 2011. 249 p. Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Geografia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (Mestre em Geografia) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.
LANER, Márcia Regina Escorteganha. Catedral Metropolitana de Florianópolis: retrospectiva histórica das intervenções arquitetônicas. 2007. 220 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.
MARTINELLO, Dirce Maria. Santo Antônio de Lisboa: O Pescador Tecendo a Sua Própria Rede. Orientador: Selvino José Assman. 1992. 187 p. Dissertação (Mestre em Educação) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1992.
NOVA CULTURAL, Editora (org.). Os Grandes Artistas: Barroco: Rubens, Hals, Van Dyck. [S. l.]: Nova Cultural, 1991.
PROENÇA, Graça. História da Arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2003. 270 p.
REZENDE, Edson Fialho de. Barroco Mineiro: nação civilizada, patrimônio protegido. 2011. 78 f. Monografia (Especialização) - Curso de Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2011.
SESC (DF). O Ciclo do Ouro e o Barroco em Minas Gerais. DF: S/n, 2015. 280 p.
Minicurrículos
Juliana Aparecida Biasi
Arquiteta e Urbanista – Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Especialista em Engenharia e Gestão de Projetos – Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Mestra em Engenharia Civil – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Docente no curso de graduação de arquitetura e urbanismo – Universidade do Oeste de Santa Catarina
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-1543-9919
Correio eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Link para Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4916582959866093
Lara Lima Felisberto
Acadêmica do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade do Oeste de Santa Catarina
Correio eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Link para currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3979162450997629
Bruna Elisângela Tesk
Acadêmica do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade do Oeste de Santa Catarina
Correio eletrônico: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Gustavo Fernandes
Acadêmico do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade do Oeste de Santa Catarina
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Link para Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0667012711232747
Como citar:
FELISBERTO, Lara Lima; FERNANDES, Gustavo; TESK, Bruna Elizangela; BIASI, Juliana Aparecida. Análise arquitetônica da igreja Nossa Senhora das Necessidades - Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis (SC). 5% Arquitetura + Arte, São Paulo, ano 16, v. 01, n.21, e157, p. 1-15, jan./jun./2021. Disponível em: http://revista5.arquitetonica.com/index.php/
Submetido em: 2020-08-26
Aprovado em: 2021-08-02
Acessos: 7466